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Imperatriz Leopoldinense 2014 | Arthur X - O reino do Galinho de Ouro na corte da Imperatriz


CARNAVAL DE 2014

enredo

Arthur X - O reino do Galinho de Ouro na corte da Imperatriz

autor do enredo
Cahê Rodrigues


carnavalesco
Cahê Rodrigues


desfile
4ª escola a desfilar | 03/03/14 | Passarela do Samba


resultado
5ª colocada no Grupo Especial (LIESA) com 297 pontos 




FICHA TÉCNICA

presidente
Luiz Pacheco Drumond

direção de carnaval
Wagner Tavares de Araújo

direção de harmonia
Guilherme Nóbrega

número de alas
30

direção de bateria
Márcio de Souza Cezário (Noca)

ritmistas
270

1º casal de mestre-sala e porta-bandeira
Phelipe Lemos e Rafaela Teodoro

2º casal de mestre-sala e porta-bandeira
Elaine e Marcílio Diamante

responsável pela comissão de frente
Débora Colcker



SAMBA DE ENREDO

compositores
Elymar Santos, Guga, Tião Pinheiro, Gil Branco e Me Leva


intérprete
Wander Pires

O dia chegou!
Em meus olhos, a felicidade.
Te fiz poesia, pra matar a saudade...
Imperatriz vai me levar
A um reino encantado,
Um menino a sonhar...
Cresceu driblando o destino,
Venceu as barreiras da vida...
Fardado nas cores da nação,
Armado de raça e paixão,
Nos pés, o poder!
Vencer, vencer, vencer!

“Oô”, o povo cantava...
Domingo, um show no gramado!
Com seus cavaleiros, Arthur se tornava
O “Rei do Templo Sagrado”!


Caminhando mundo afora...
O seu passaporte, a bola!
Da Europa ao Oriente,
Grande “Deus do Sol Nascente”,
Outros reinos conquistou...
À sua pátria amada, então, voltou.
Hoje, mais do que nunca é o seu dia,
Vamos brindar com alegria,
Trazer de volta a emoção.
Com toda humildade, vem ser coroado,
Vestir o meu manto verde, branco e dourado!
Quem dera te ver por mais um minuto,
Na arquibancada, todo mundo canta junto:

Da-lhe, Da-lhe, Da-lhe Ô
O show começou!
Da-lhe, Da-lhe, Da-lhe Ô
Um canto de amor!
Imperatriz me faz reviver...
Zico faz mais um pra gente ver!




SINOPSE DO ENREDO

"A ÚNICA FORMA DE CHEGAR AO IMPOSSÍVEL É ACREDITANDO QUE É POSSÍVEL"

De Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas.

Autoriza o árbitro! Rola a bola na Avenida. Começa a decisão do carnaval carioca. Doze Escolas estão na briga! Vila quer buscar o feito do último campeonato. Império da Tijuca está na primeira divisão. Mocidade e São Clemente jogam na defesa. Ilha cadencia o jogo! Mangueira e Portela tentam a posse de bola pela intermediária. A sobra é da Grande Rio que chuta pro gol mas bate na zaga do Salgueiro. A torcida grita! Tijuca dispara pela ponta esquerda mas é desarmada pela Beija-Flor. Que jogada! Imperatriz domina com categoria, faz a finta e levanta a torcida. Quanta habilidade! Imperatriz cruza o meio de campo, deixa a marcação pra trás e parte em arrancada na direção do gol. O gol é o seu portal! Ela cruza o gol, abre os portões da poesia e mergulha, de braços abertos, na ilusão de um carnaval.

Diante da imaginação permissiva ela não se assusta. Sente-se confortável com o mundo novo que se descortina diante de seus olhos. O País do futebol, que até então muitos falavam, de fato existia e ela estava lá.

Nessa pátria de chuteiras, a nobre representante do carnaval toma conhecimento de histórias populares. Curiosidades em torno da existência de um rei de pernas tortas, fatos sobre a coroação de um rei negro. Porém, dentre as muitas histórias, uma lhe desperta interesse: Arthur X havia nascido plebeu em um subúrbio do país do futebol. A família Antunes Coimbra estava feliz e não conteve a ânsia de espalhar a notícia. Em tempo, damas, bufões, soldados e plebeus espalhavam o ocorrido pelas casas simples da rua Lucinda Barbosa.

O passar dos anos encarregou-se de transformar o plebeu em rei. Suas conquistas e lutas pessoais lhe conduzem ao trono. Travou e venceu batalhas. Foi condecorado com a farda verde e amarela - a mais alta patente dada a um combatente do país do futebol. Sagrou-se campeão trajando vermelho e negro nas disputas mundiais do octogésimo primeiro ano do século em que vivia. Foi coroado! Rei coroado no templo do futebol. E por ser soberano de uma nação popular, espalha-se a fama e a grandeza de suas glórias.

Diante da história que corre na boca de nobres e plebeus, aumenta o interesse da Imperatriz sobre o rei. No afã de encontrá-lo toma conhecimento da realização de competições que animavam as massas, tendo tal evento o título de "disputas dominicais." Realizadas em um lugar, que ficou popular como "Templo do futebol" - espécie de arena erguida em torno de um vasto campo verde - onde o povo se encontrava e se dividia em torcidas.

Junto à multidão que se espremia pode observar a chegada de combatentes de bandeiras e cores distintas. Gente que vinha desafiar os cavalheiros do Rei. Avistou ao longe um brasão que como símbolo ostentava uma "estrela solitária". Ouviu os gritos de euforia que precederam a passagem de uma nobreza fidalga vestida em verde, encarnado e branco. Pôde ouvir o toque que anunciava o atracar de uma caravela portuguesa junto ao porto e o delírio dos que aguardavam sua chegada.

Em meio ao povo que vibrava, não obteve sucesso na tentativa de aproximar-se do soberano. Porém pôde ouvir o anúncio de que o reinado de Arthur X entraria em festa: O aniversário do Rei seria comemorado no auge dos festejos de Momo que estavam por vir. Nobres de nações estrangeiras por onde seus feitos haviam ganhado fama já confirmavam presença e enviavam presentes. Do outro lado do mundo, onde se fazia noite quando aqui era dia e dia quando aqui era noite, a imagem do rei era esculpida em ouro.

No dia em que completava anos, os clarins faziam ecoar uma melodia ritmada que aludia a "vencer, vencer, vencer!" Seus súditos em festa vestiam o vermelho e o preto - as cores do manto sagrado que o Rei tinha predileção. Ela, a Imperatriz, ordenou que sua corte vestisse sua melhor roupa feita em verde, branco e ouro - talvez Arlindo, talvez Rosa - e viesse em cortejo, tecer honras ao monarca. Fez soar a bateria. Chocalhos, tamborins, surdos e cuícas embalaram o momento sublime. Ao Rei, como presente, a Imperatriz ofereceu-lhe valiosa jóia: sua coroa, feita em ouro e pedras verdes. Diante do feito, o povo de Ramos saúda o rei. Ele, dispensando o tratamento destinado aos soberanos, sorri, quebra o protocolo, e responde:

- Sem formalidades! É carnaval. Podem me chamar de Zico!

Carnavalesco: Cahê Rodrigues
Texto de: Leandro Vieira
Colaboração: Família Antunes Coimbra