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Estácio de Sá 2005 ao vivo | Arte negra na legendária Bahia

 



CARNAVAL DE 2005 Enredo Arte negra na legendária Bahia Autor do enredo Sylvio Cunha Carnavalesco Sylvio Cunha Desfile 3ª escola a desfilar | 08/02/05 | Passarela do Samba Resultado Campeã do Grupo B (AESCRJ) com 179 pontos FICHA TÉCNICA Presidente Flávio José Eleotério Direção de harmonia Edvaldo Fonseca Direção de bateria Esteves 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira Selma e Alex 2º casal de mestre-sala e porta-bandeira Michele e Marcinho Responsável pela comissão de frente Nelsinho e Renata Monnier SAMBA DE ENREDO Compositores Caruso, Caramba e Dominguinhos do Estácio Intérprete Ivan Talarico e Da Latinha Abram alas meus tumbeiros Aos sete portais da Bahia É a arte negra que desfila Com seus encantos e magia Da sua terra, trouxeram a saudade A capoeira, o berimbau Os enfeites coloridos O pilão, colher de pau Iorubá, Bantos, Gegês) No terreiro dançavam) BIS Samba e batuquegê) Falavam a língua nagô Rezavam forte com fé Talhando arte deixaram Imagens do candomblé Pro mau olhado, figa de guiné) BIS Ricas mucamas de branco Com flores num só canto Vão a Igreja do Bonfim ofertar Água no pote ao Pai Oxalá Saravá, Atotô Obaluaiê) BIS Yemanjá, Ogum, Oxumarê) Link do vídeo: https://youtu.be/kWKoJTOvC8w #estaciodesa2005, #carnaval, #desfiles, #artenegra, #escolasdesamba, 🔔Inscreva-se no Canal🔔 ESRJ - A energia que contagia! Blogger: https://esrjescolasdesambadoriodejaneiro.blogspot.com/ Instagram: https://www.instagram.com/esrjescolasdesambadorio/?hl=pt-br Facebook: https://www.facebook.com/esrjescolasdesambadoriodejaneiro Twitter: https://twitter.com/EsrjO Inscreva-se e Deixe seu Like Deixe o seu comentário. #ESRJ™

Unidos do Viradouro | Conheça um pouquinho de sua história




 

Unidos do Viradouro 1 (00:01) Introdução com samba exaltação 2 (02:35) Carnaval 1991 - Bravo, bravíssimo - Dercy, o retrato de um povo 3 (05:25) Carnaval 1992 - E a magia da sorte chegou Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Viradouro (popularmente referida apenas como Viradouro ou Unidos do Viradouro) é uma escola de samba brasileira, da cidade de Niterói, mas que há muitos anos participa do Carnaval da cidade do Rio de Janeiro. Oriunda do bairro do Viradouro, atualmente está sediada na Avenida do Contorno, no bairro do Barreto. Foi campeã do Grupo Especial duas vezes, em 1997 e 2020, da Série A em 1990 (quando era denominado Grupo 1), 2014 e 2018 e da Série B em 1989 (na época chamado de Grupo 2). Durante muitos anos disputou a hegemonia do carnaval de sua cidade com a Cubango, se sagrando campeã por dezoito vezes. Em 2011, as duas se reencontraram competindo entre si após 24 anos, quando disputaram o Grupo de Acesso A, naquela oportunidade. Link do vídeo: https://youtu.be/cmJcI4bL4So #unidosdaviradouro,#sambaenredo,#carnaval, 🔔Inscreva-se no Canal🔔 ESRJ.Oficial - A energia que contagia! Blogger: https://esrjoficial.blogspot.com/ Instagram: https://www.instagram.com/esrj.oficia... Facebook: https://www.facebook.com/ESRJOficial-106031281366027 Inscreva-se e Deixe seu Like Deixe o seu comentário. #ESRJOficial™

Grande Rio | Conheça um pouquinho de sua história

 



Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio 1 (00:01) Introdução com samba exaltação 2 (03:06) Carnaval 1992 | Águas claras para um rei negro 3 (07:21) Carnaval 1993 | No mundo da lua Link do vídeo: https://youtu.be/wBIPj2cUiMM #academicosdogranderio,#sambaenredo,#carnaval, 🔔Inscreva-se no Canal🔔 ESRJ.Oficial - A energia que contagia! Blogger: https://esrjoficial.blogspot.com/ Instagram: https://www.instagram.com/esrj.oficia... Facebook: https://www.facebook.com/ESRJOficial-... Inscreva-se e Deixe seu Like Deixe o seu comentário. #ESRJOficial

Mocidade 1987 ao vivo | Tupinicópolis

 




CARNAVAL DE 1987 Enredo Tupinicópolis Autor do enredo Fernando Pinto Carnavalesco Fernando Pinto Desfile 8ª escola a desfilar | 02/03/87 | Passarela do Samba Resultado 2ª colocada no Grupo 1 (LIESA) com 223 pontos FICHA TÉCNICA Presidente Paulo de Andrade Direção de harmonia Barra Mansa, Chiquinho e Dejair Contingente 5000 componentes em 29 alas Direção de bateria Bira, Jorjão e Leo Ritmistas 250 Rainha de bateria Monique Evans 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira Irineá e Roxinho 2º casal de mestre-sala e porta-bandeira Baby e Ruy SAMBA DE ENREDO Compositores Gibi, Chico Cabeleira, Nino Batera e J. Muinhos Intérprete José da Rocha Vianna (Ney Vianna) Vejam Quanta alegria vem aí É uma cidade a sorrir Parece que estou sonhando Com tanta felicidade Vendo a Mocidade desfilando Contagiando a cidade E a oca virou taba A taba virou metrópole Eis aqui a grande Tupinicópolis Boate Saci Shopping Boitatá Chá do Raoni Pó de guaraná No comércio e na indústria No trabalho e na diversão É Tupi amando este chão Até o lixo é um luxo Quando é real Tupi Cacique Poder geral Minha cidade. minha vida, minha canção Faz mais verde meu coração Laiá, laiá, laiá, laiá Lá, lá laiá, lá, laia, lá Link do vídeo: https://youtu.be/zYN4FleVZMI #mocidade87,#carnaval,#samba,#ziriguidum2001, 🔔Inscreva-se no Canal🔔 ESRJ.Oficial - A energia que contagia! Blogger: https://esrjoficial.blogspot.com/ Instagram: https://www.instagram.com/esrj.oficia... Facebook: https://www.facebook.com/ESRJOficial-106031281366027 Inscreva-se e Deixe seu Like Deixe o seu comentário. #ESRJOficial™

Mocidade 1985 ao vivo | Ziriguidum 2001, carnaval nas estrelas


 

CARNAVAL DE 1985 Enredo Ziriguidum 2001, carnaval nas estrelas Autor do enredo Fernando Pinto Carnavalesco Fernando Pinto Desfile 8ª escola a desfilar | 17/02/85 | Passarela do Samba Resultado Campeã do Grupo 1A (LIESA) com 228 pontos FICHA TÉCNICA Presidente Olimpio Correa Direção de carnaval Jorge Francisco (Chiquinho Pastel) Direção de harmonia Barra Mansa, Chiquinho, Dejair Contingente 3500 componentes Direção de bateria Bira Ritmistas 220 Rainha de Bateria Monique Evans 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira Soninha e Roxinho SAMBA DE ENREDO Compositores Gibi, Tiãozinho e Arsênio Intérprete Ney Vianna e David do Pandeiro Desse mundo louco, de tudo um pouco Eu vou levar pra 2001... Avançar no tempo e nas estrelas Fazer meu Ziriguidum... Nos meus devaneios quero viajar Sou a Mocidade, sou Independente Vou a qualquer lugar Vou à lua, vou ao Sol Vai a nave ao som do samba Caminhando pelo tempo Em busca de outros bambas Quero ver no céu minha estrela brilhar Escrever meus versos na luz do luar Vou fazer todo o universo sambar Até os astros irradiam mais fulgor A própria vida de alegria se enfeitou Está em festa o espaço sideral Vibra o universo, é carnaval! Desse mundo louco, de tudo um pouco Eu vou levar pra 2001... Avançar no tempo e nas estrelas Fazer meu Ziriguidum... Nos meus devaneios quero viajar Sou a Mocidade, sou Independente Vou a qualquer lugar Vou à lua, vou ao Sol Vai a nave ao som do samba Caminhando pelo tempo Em busca de outros bambas Quero ver no céu minha estrela brilhar Escrever meus versos na luz do luar Vou fazer todo o universo sambar Até os astros irradiam mais fulgor A própria vida de alegria se enfeitou Está em festa o espaço sideral Vibra o universo, é carnaval! Quero ser a pioneira A erguer minha bandeira E plantar minha raiz Link do vídeo: https://youtu.be/OL1uDH77YJw #mocidade85,#carnaval,#samba,#ziriguidum2001, 🔔Inscreva-se no Canal🔔 ESRJ.Oficial - A energia que contagia! Blogger: https://esrjoficial.blogspot.com/ Instagram: https://www.instagram.com/esrj.oficia... Facebook: https://www.facebook.com/ESRJOficial-106031281366027 Inscreva-se e Deixe seu Like Deixe o seu comentário. #ESRJOficial

Cubango 2021 | Samba Campeão

 




Cubango 2021 Enredo: “Onilé Cubango” COMPOSITORES: Robson Ramos, Sardinha, Anderson Lemos,Jr Fionda, Duda Tonon, Rildo Seixas, Sérgio Careca, Samir Trindade, Alessandro Falcão Participação especial: Léo Castro, Manolo Intérpretes: Tinga e Diego Nicolau OLORUM criou Aye do Orum Odudua fez a Terra Deu poder a cada um Dos Orixás Agô Mamãe Senhora abençoa meu Ylê Onde o meu samba faz morada Valei-me feminina divindade O ventre da fertilidade O aço, o vento, o tempo, o destino Velho ou Menino na flecha ou no barro Da água ao raio, por guerra e paz Derrama o Ejé em seus rituais Atotô meu pai, Obaluaê Oluaê Oluaê A vida é Rio que corre pro mar Só colhe axé quem semeia A fé é pra quem acreditar Há fé pro amor enraizar Eu quero ver de volta o verde nessas matas A branca espuma em cachoeiras e cascatas O chão sagrado refletir a poesia Pra liberdade ver raiar um novo dia Meu povo de joelhos evoca o poder O solo e teu gongá, Yaalé! Ibá awo Ibá awo Mojuba Onilé É fundamento e raiz do Candomblé Ibá awo Ibá awo é Cubango teu chão Eles queimam tua terra, nós pedimos o perdão #cubango2021,#onile,#carnaval,#samba,#esrj.oficial, Link do vídeo: https://youtu.be/Xre8-LBEZ84 Compositores envie sua obra para divulgação em nosso canal, com áudio ou vídeo e letra pelo e-mail: esrjoficial2020@gmail.com 🔔Inscreva-se no Canal🔔 ESRJ.Oficial - A energia que contagia! Blogger: https://esrjoficial.blogspot.com/ Instagram: https://www.instagram.com/esrj.oficia... Facebook: https://www.facebook.com/ESRJOficial-106031281366027 Inscreva-se e Deixe seu Like Deixe o seu comentário. #ESRJOficial™

Salgueiro 2021 | Sinopse do Enredo: Resistência

 

Logo do Enredo Beija-flor 2021


RESUMO

“RESISTÊNCIA”

Maior cidade escravista das Américas, o Rio de Janeiro foi o palco da assinatura da Lei Áurea, diploma legal que extinguiu o trabalho cativo no Brasil. Abolir a escravidão, porém,não foi suficiente para promover as mudanças tão desejadas por todos nós. Abandonados pelo Império, continuamos sem condições para uma existência decente. Libertos, tornamo-nos prisioneiros da miséria nos cortiços, nas ruas, nos trabalhos precários e na ausência de direitos humanos e sociais básicos. Discriminados e marginalizados,sem cidadania, sem alternativas para uma vida digna, fomos lançados à nossa própria sorte. Excluídos – no dia seguinte, na década seguinte, no século seguinte -, vivemos, até hoje, sufocados.

Ser preto no Brasil e no Rio de Janeiro, hoje, éter que lutar diariamente por respeito. Lutar para não ceder nem sucumbir à segregação e ao constrangimento promovidos pela sociedade e pelo Estado. É recusar os abusos e a submissão pela ausência de políticas públicas que poderiam promover melhores condições de vida. É não se deixar enganar pela pseudo “democracia racial”, sempre camuflada por hipocrisia, eufemismos ou subterfúgios mal disfarçados.

Aqui, ser preto é, acima de tudo, um ato de RESISTÊNCIA.

E resistir é ter nossa história, antes negada e silenciada, ressignificada e recontada no carnaval, lugar de alegria, mas também de diálogo com o mundo.Ao som dos tambores ancestrais, o Salgueiro foi pioneiro na introdução da temática africana nas escolas de samba. Seguiu na contramão da narrativa “oficial” do país e deu vez e voz aos personagens, heróis e protagonistas pretos. Como um Griot, transmitiu ricas histórias por meio de seus enredos e desfiles, consolidando a participação da escola no processo de resistência cultural e de luta contra o racismo institucional.

Resistir é plantar um legado nos “chãos” do Rio de Janeiro. Criamos Quilombos, lugares de resistência e insurgência, com estrutura politica, econômica e social africana. Revivemos a história nas marcas deixadas na Pequena África, região que se destaca como lugar de acolhimento e também por personagens como as tias baianas festeiras da Praça XI, cozinheiras e Mães de Santo celebradas até hoje pela fantasia e pelo rodopio que as nossas Alas de Baianas exibem. Foram elas que formaram o espaço sociocultural do samba, entendido como extensão dos terreiros de Candomblé.

Resistir é professar nossa fé. Por ela nos unimos nas irmandades religiosas que faziam filantropia por justiça social. Construímos os terreiros de Candomblé, templos que são uma reinvenção do macro universo cultural e religioso trazido do continente africano. Desenvolvemos o Culto Omolokô e criamos a Umbanda, religião afro-brasileira surgida no Rio de Janeiro, que sincretiza elementos do Candomblé, do Espiritismo e do Catolicismo.

Resistir é expressar nossa cultura para manter a continuidade de valores civilizatórios. Com a benção dos orixás, entramos na cozinha, espaço de saber, para alimentar o corpo e a alma. Para transformar alimentos, hábitos e a própria culinária brasileira. Ao som dos atabaques, “compramos o jogo” nas rodas de capoeira e dançamos jongo ou caxambu. Pisamos nos gramados para expulsar os cabelos esticados e o pó-de-arroz que “disfarçavam” a cor da nossa pele. Colorimos as passarelas e as ruas com as formas, signos, símbolos, texturas e acessórios de nossa moda.

Resistir é fazer arte. Inquietos por representatividade e pela visibilidade que insistem em nos sonegar, criamos nossas próprias narrativas e espaços nas artes cênicas, como o Teatro Experimental do Negro. Assumimos nosso protagonismo e nos fizemos enxergar também por meio da literatura, da dança, das artes plásticas. Espalhamos para o mundo a vocação artística que reside em nós.

Resistir é festejar. É revelar nossa maneira de ser por meio das festas, do modo de celebrar a vida, do entusiasmo que propicia o resgate de nossa identidade e afirmação existencial. Desde o chorinho na Festa da Penha, passando pelas escolas de samba, afoxés e blocos afro. Pelo pagode à sombra da tamarineira, pelo funk carioca e pelo charmoso baile sob o viaduto de Madureira.

Resistir é existir.

É continuar a reverberar a coragem dos nossos heróis contemporâneos de pele preta.

É saber que somos frutos de uma mesma raiz de igualdade, fé, esperança, arte e vida.

É crer que nenhuma luta foi em vão. Que nenhuma luta será em vão.

É persistir no sonho de igualdade para que ele não seja silenciado.

É entender que, juntos, em cada passo e em cada pequena mudança, seguiremos adiante.

E é ter certeza que, no dia em que fizermos cair todas as máscaras da discriminação, conseguiremos, enfim, respirar.

Autoria e curadoria: Dra. Helena Theodoro
Carnavalesco: Alex de Souza
Concepção: Eduardo Pinto e Marcelo Pires (Diretoria Cultural)
Texto: Paulo Barros

Portela 2021 | Sinopse do Enredo: IGI OSÈ BAOBÁ

 

Logo do Enredo Portela 2021


RESUMO

IGI OSÈ BAOBÁ “

Pilar que une o céu e a terra!
Elo entre vivos e mortos.
Deus vivo e presente, és tu ó Baobá, 
árvore sagrada testemunha do tempo.

O guerreiro de Oyó contempla Igi Osé.
Ele sente a energia. Evoca proteção com afeto e respeito.
O tronco é seu templo, e ali expressa sua religiosidade.


Saluba Nanã! Mãe de todos nós.
Tuas águas abundantes repousam no tronco do Baobá, nutrindo a terra.
Por ti os galhos se vestem de ojás lilás.

Orixás e vegetal estão unidos na energia sagrada… 
Salve o Rei Dono da Terra! Omulu, curai-nos de todos os males que assolam nosso Aiyê! 

Árvore da vida, ó Baobá. 
Tu emanas a energia primeva que no solo africano faz eclodir a natureza. É ela que sopra o vento da savana, e faz teus galhos balançarem. 
A fauna passeia livremente ao seu redor, e tudo se doura sob a luz do Sol.
Teus frutos, folhas e sementes são alimentos e remédios para os seres vivos.
Tu és mãe que sacia nossa sede e fome.
Sob tua copa, oferece generosa e benfazeja sombra em meio à aridez das regiões onde impera.
Tuas raízes representam os ancestrais de nossas comunidades,
aconselham-nos e ajudam-nos a seguir com coragem e decisão.

Em Ajudá, o Rei Guezo nos fez esquecer…
Voltas e voltas em torno de ti para apagar toda nossa devoção, nossas lembranças, torná-la “Árvore do Esquecimento”.
Portal do Não Retorno jamais conseguiu.

Fizemos de teu tronco, aparentemente tombado, a balsa que atravessou oceanos para nos levar rumo ao desconhecido. E assim tuas raízes uniram dois mundos. Tua força multiplicada ganhou novo significado em terras distantes.

Baobá, Árvore da Resistência!
Todos os solos pisados por pés africanos, sob a poeira da resiliência, fez com que a cultura negra semeasse pelas Américas, germinando um Novo Mundo e a representação de sua fé. E se algum desalento nos toca, ao olhar para teu esplendor, nos conectamos em seus firmes troncos com nossa herança, e nos revitalizamos com a energia de nossos antepassados.

Fincamos em tuas raízes profundas valores e crenças que nenhum preconceito é capaz de fazê-los tombar. E no solo rochoso da discriminação, elas encontraram fendas para ir mais além, penetrando mais profundamente no solo, até, finalmente, encontrar a esperança.

E assim o tempo passou. Ora calmo, ora agitado como o vento a balançar tuas folhas… E sob o Arco-íris de Oxumaré, tudo tornou-se menos sombrio.

Nos quilombos, favelas ou periferias, teus “rebentos” brotaram como galhos distintos que se estenderam por toda América, expressando a identidade preservada da terra de seus ancestrais, a África. No Brasil, os frutos nasceram em forma de Maracatu, Maculelê, Tambor de Crioula, Caxambu, Jongo, Funk e tantas outras manifestações afro-brasileiras, assim como o Samba.

Nas franjas da Região Central do Rio de Janeiro, espraiando-se por áreas alagadiças, floresceu a Pequena África. Da Pedra do Sal à mítica Praça Onze, nos morro e subúrbios, os herdeiros do “Berço do Mundo” comungaram sentimentos, compartilharam seu passado comum e criaram as escolas de samba.

Nossos fundadores são nossos antepassados. Os velhas guardas, os guardiões de nossas memórias. As baianas, a herança das antigas festas, profanas e sagradas. Ao som do batuque da bateria, o suor dos passistas verte nossa ancestralidade. E até hoje, sempre que os sambistas se unem de mãos dadas, sentem reverberar em suas almas a energia primordial unindo a África e o Brasil, como bons filhos da diáspora que todos somos. O samba respira como um velho Baobá.

Ope

Renato Lage e Márcia Lage


Vila Isabel 2021 | Sinopse do Enredo: CANTA, CANTA, MINHA GENTE! A VILA É DE MARTINHO!

 

Logo do Enredo Vila 2021


RESUMO

CANTA, CANTA, MINHA GENTE! A VILA É DE MARTINHO! “

“Canta, canta, minha Gente, deixa a tristeza pra lá!”
Canta, Vila Isabel, Morro dos Macacos, Pau da Bandeira e todo o povão Branco e Azul, pois a Festa é da Raça!
Canta feliz da vida o outro Poeta que o Samba te deu, legado eterno do povo teu!
“Canta forte, canta alto, que a vida vai melhorar”, pois o samba foi feito de morro e a Festa é na Raça para a gente impor e celebrar a negritude!
Vamos abrir mais uma vez caminho à nossa ancestralidade, que pede passagem com a vida do Rei Negro das “kizombas, andanças e festanças”, coroado pela brasileira terra negra com força e fé das Áfricas e de Angola!
Morro é África, malandro é guerreiro de lança em punho e a criançada brincando pelas vielas e correndo pela savana.
“Ô dai-me licença ê!
Ô dai-me licença!
Uma licença de Zambi
para cantar umas zuelas no toque do Candomblé”.
É Mano Martinho, Vila!
Simbora?


Batuques invadem o Morro dos Macacos e passeiam pela Vila num convite animado à coroação. Por becos e vielas, seus camaradas descem escadas e ladeiras acompanhados pelo riso inocente das crianças admiradas que    entoam melodias eternizadas por ele. Ele, cujo caminho até a coroação foi longo, nasceu na roça onde sentia o vento no rosto e a liberdade nos pés. Corria solto o moleque pelo chão batido, brincando sob a benção do carinho de Mãe Tereza e do amor devoto de Vó Procópia a proteger o garoto contra mau-olhado e assombração. Duas Barras marcada no coração do menino que veio à luz no Carnaval, um ano depois – quem diria? – da partida de Noel. Mal sabia o pequeno Zé que o Axé o preparava para encantar o povo. É a vida que começava a ser tecida pelos caminhos que Zambi quis.

Resistir! O rapaz vai acompanhado pelo tempo, que o conduz a outras praças. Carrega consigo a verdade do mundo estampada na pele. Com os Pretos Forros, na inteligência do dia a dia na Boca do Mato, Martinho fez samba no morro desde cedo, mesmo com a dor da dura vida que seus olhos testemunhavam. Percebeu que ser um só não bastaria para enfrentar a desigualdade. Cantarolava amores, amigos, a família e, múltiplo, virou Sargento Martinho, sem nunca vacilar na felicidade. Negro que segurou no peito as responsabilidades para gritar, partideiro, a revolta contra brancas maldades.

Batucando aqui e acolá, suas personalidades poéticas cresciam, encantando uma Menina-Moça, Vila Isabel, amor à primeira vista. O encantamento foi mútuo. Ela lhe deu inspiração e, a ela, o Poeta declamou paixão. O nome mudou, casamento em que o tempo não faz mais sentido, só há eternidade. Fez, da sua casa, Casa de Bamba, onde todos são bem-vindos. Avolumavam-se canções e partidos-altos, aquele amor transbordando alegria! Nas curvas   salivadas dos musicados amores pela Vila e outras cabrochas, encantou-nos, o Devagar, com a língua dada a prazeres. Toques e beijos, palavras e mãos, seios e desejos – vibra com jeito, meu violão, para fazer tremer esse chão!

Sempre feliz, quis brincar Carnaval e desfiou seu Carnaval de Ilusões sob a benção de Noel. Martinho eterno menino, sorriso no alto, amor-paixão pela Coroa, o Branco e o Azul tingindo a gente em noites de fascínio e magia, dedicação foliã entre confetes e serpentinas. Sentiu a quentura da folia e decidiu que o mundo daquele jeito feliz era seu lugar. Então, foi tudo montado para que o povo, ao seu som, sempre quisesse sambar! O Martinho? Mora lá na Vila… É o tal do Martinho da Vila, nosso Rei Negro da Folia.

Afinal, fez química com batidas ancestrais. Deu liga. Gênio popular, misturou o sacolejo dos sons, sembas, sambas, partidos-altos, pagodes e canções. Roça, favela, comunidades, terreiros, Duas Barras, Vila e a gema do Rio de Janeiro. O cavaco era na rua, da rua. Resistência, o tom do sambista. Na escola das favelas, na sabedoria dos botequins e na boemia do Boulevard, na cachaça de beira de calçada e na cerveja com os compadres, vive a simplicidade de gente sábia e desce mais uma para embalar a cantoria.

Daí, reencontrou nas Áfricas sua história por completo. De Luanda, memórias, dom, talento, afeto. Ancestralidade é teu nome, Martinho, e a Vila te saúda! Suas andanças rumo ao Ventre Mãe reaparecem no sorriso aberto e Angola se faz presente. Voltando aos ancestrais, ecoam as vozes daqueles que possuem a força da cor. Nosso Poeta abre caminhos de lá pra cá e daqui pra lá. Intercambia, como elo, passado e futuro e Angola abraça o Embaixador Negro!

Aliás, Martinho sempre esmurrou o preconceito. Por aqui, certeiro, levantou-se também pela Democracia que seu Brasil há muito já não via. Mané com ele não se cria! Diretas pela liberdade e o menino da Vila com o dedo na ferida. Pé ante pé, há muito trocara o marchar pelo sambar e desafiou a censura de não poder criar e ser feliz do jeito que se é Martinho, da Vida! Cantou pela liberdade nos dois mundos unos separados pela covardia da escravidão. Martinho do Brasil e de Angola, Canto Livre! Kalunga e Kizomba, bem, chegou a hora!

Festa da Raça! Na Sapucaí, conquistas da luta negra pela liberdade, tantos Brasis Quilombos dos Palmares, tantos Palmares-Brasis a festejar: negras e negros que lutam pela dignidade. No Centenário da Abolição, bom lembrar que negra foi a canção, samba que ferveu e ferve no sangue das passistas, na alma das baianas, na Swingueira de Noel, nas negras e negros que mandaram e mandam na Avenida. Valeu, Zumbi! Tem grito forte nos Palmares e aqui! Martinho guerreiro quimbundo, Zumbi abençoando e Zambi dando força: Concerto Negro ontem, amanhã e agora.

E seguiu, “devagar, devagarinho”, o sambista e sambador, também malandro engenhoso inspirado quando com tinta na mão. Alma brasileira-angolana e a Lua de Luanda iluminando seus livros. Salve a amada família, a das favelas, das Áfricas, de Barras, de sangue e da Vila, tudo tema de prosas e poesias, Martinho lambendo com amor a cria! Veio de longe a vocação de prosador. Bateu papo com o Bruxo do Cosme Velho quando para ele fez samba nos idos da Boca do Mato. Saber da rua, da roça, dos barracos, olho no olho de qualquer dotô e nosso nêgo quebrando o racismo de cada dia no gingado sábio – “Crioulo não é doido!” e negro impõe respeito! Martinho sim, Doutor com conhecimento de causa, da vida e dos livros! Escreveu histórias, Zé das Cantorias! Martinho das Letras, a Academia o reverencia! O Rei derrama sabedoria nas páginas e, em verso e prosa, encanta e declama a vida.

Cabem, assim, mil Martinhos nessa história. Sem pressa, o Poeta Negro enredou suas memórias no chão    sagrado da Vila, preparou o quintal pro pagode com os amigos, celebrou causos da fazenda, da favela, dos subúrbios e da folia, a mesa farta sempre em boa companhia – cantos de lavadeiras, corações de malandros, crenças e crendices, papos de cozinha. Cadenciado, brincou e brincará! Compadre Noel, aquele abraço só no sapatinho e na alegria!

E agora é a vez de vocês correrem soltos, meninas e meninos da Vila, pois lá vem a coroação do Mestre Rei Martinho. Aprendam com o Griô de Gbala: é sobre a gente negra, nosso sangue, nosso carnaval, nossa ancestralidade, que hoje ele com a gente fala. O morro desce “feliz da Vila”: a vida dele vamos coroar! E vamos renascer das cinzas, tudo acabando na quarta-feira só pra recomeçar, pois nossa negra felicidade jamais vai terminar. Uma “Boa Noite”, Vila Isabel! Nossa garra na terra de bambas é celeste, infinita, e o resto a gente aprende com Martinho Mestre, só no laiaraiá!

Ergue a cabeça então, Comunidade, e pisa forte na Avenida! Ginga, samba, semba!

Arranquem do peito o grito preso e cantem alto com orgulho a força e a fé da nossa negra-alma-samba, deixando qualquer tristeza pra lá!

É dia do Teu Martinho, Vila!

Incendeia a Sapucaí, vamos pra cima e ‘simbora kizombar!

Enredo: Edson Pereira, Victor Marques, Clark Mangabeira

Sinopse e Texto: Victor Marques, Clark Mangabeira


São Clemente 2021 | Sinopse do Enredo: Ubuntu

 

Logo do Enredo São Clemente 2021


1

Somos um, somos todos a cuidar uns dos outros e do nosso lugar. Ubuntu, termo africano da língua Zulu, oriundo do tronco linguístico bantu, se conjuga na primeira pessoa do plural: NÓS. Ressignifica a construção de um futuro dentro do presente. A coletividade nos alcança. “Ubu” evoca a ideia do ser e “ntu” indica toda manifestação do ser-sendo, em constante movimento. Nossa Escola de Samba se transforma em Escola de Vida, voluntária de uma grande missão social, na qual o princípio é a garantia do bem-estar coletivo dos seres humanos ao redor do mundo. São Clemente! Nós, eu e tu, somos uma só voz. O encontro étnico enriquece os gestos afetivos e contínuos à realeza africana. Conecta-nos à vivência e aos ensinamentos da Mãe África; traduz o sentimento da filosofia ubuntu, identidade de uma gente de pele preta que compartilha, que é solidária à dignidade humana e à troca de saberes. O ser-sendo clementiano flerta com o mundo negro africano, cria laços de apoio mútuo, veste a esperança e personifica, em desfile, a xenofilia. Enreda-se à reativação da comunidade afreekana, à plena realização do ser: o direito a ter direitos, Humanidade para Todos!

2

Ardente em sensações vivas, a rara missão, pulsa. Afaga a dor, emana amor e gratidão. Anuncia o alcance adquirido pela força das ações humanitárias. Materializa a generosidade e o desprendimento – valorizando o trabalho e a crença das mulheres Yanomamis. Incorpora o espírito de ubuntu ao colo materno de Amma, a santa dos abraços. Pede benção, saúda as Ialorixás, matriarcas do terreiro que preservam a humanidade do seu povo nas religiões afro-brasileiras. Corre, acolhe, ampara, socorre, renova a bondade das missionárias religiosas. Segue! Recria a fé e o pranto, a romaria de um velho padre, quase santo. Cultua um santuário à vida, um rito de humana compaixão que firma o passo e estende a mão.

3

Solta a voz da memória e denuncia: tipificado ou estrutural, racismo é crime. Como trança que nos aproxima, segue a ancestralidade nos rincões escravocratas e ecoa pelos ares a resistência e a luta do Quilombo dos Palmares. Humanidade? Essa fora negada com os fragmentos de uma lei. Uma áurea exclusão de uma política conservadora de libertação. O punho é cerrado contra o mito da democracia racial: o negro desafia, atua, experimenta, ergue-se da palavra, despadroniza a tormenta! Luta Abdias, luta Mandela, lutam Luther King e Malcolm X, todos prestam à terra – de que são filhos – discursos bravios à condição de sujeitos de conhecimento contra a discriminação racial. Ao som da reciprocidade, Teresa lidera um quilombo, Garcia envia uma carta, o diário de uma favelada inspira…pois a fala da mulher preta nasce desse chão. Tudo em movimento: negro, unificado e antirracista; ubuntu da nossa existência junta e reflete da alma os protestos de que vidas negras importam!

4

A vida eleva o conceito da filosofia ubuntu para além dos territórios africanos. Sem perder o foco, a missão segue, enxerga e envolve-se. Salvando vidas sem descanso na lida do dia a dia, sejam pessoas afetadas por acidentes naturais, conflitos armados ou pandemias, o trabalho de Médicos sem Fronteiras, de organizações de saúde e voluntários, aponta para onde caminha humanidade. Atos, atitudes, sensibilidade! Ação da Cidadania sugere “fome zero” para um Brasil em estado de calamidade. Age na contramão da desigualdade social e coroa, a luz da caridade, a princesa Diana como a “rainha do povo”. A ensinagem da vida afirma-se da arte das bonecas abayomis, feitas sem costura, que trazem a herança cultural africana do “abay” – encontro – e “omi”, precioso, como representação, no enredo do meu samba, das ações sociais realizadas pelas Ong´s – organizações não governamentais. Nesse trajeto do pensamento africano, a história educa e a missão clementiana preserva a ética humana, incluindo as ações desenvolvidas por meio da educação integral do Instituto Ayrton Senna, a valorização do grupo e o respeito às diversidades. E recriando a esfera de valores da Humanidade para Todos, atualiza os dados! Integrando a essa mesma humanidade, promove o sentido ecológico de ser e estar no mundo, um ato político de respeito ao meio ambiente. Permitindo-nos ouvir a voz da Natureza, o canto dos girassóis, enxergar o suor das folhas a cada raiar do sol e denunciar os diversos crimes ambientais: as queimadas das florestas, a caça predatória de animais em extinção, a poluição dos ares e dos mares. Tudo sufoca e destrói a Grande Mãe, a única que pode garantir a nossa própria sobrevivência.

5

Como consequência natural da formação da cultura popular, a missão social da São Clemente compartilha do mesmo sentimento de comunidade, levando-nos à compreensão das linguagens artísticas como vínculo de humanização deflagrado da preservação da memória, das tradições e dos valores de pertencimento: “eu sou na medida em que o meu coletivo é”. E se conecta com o que de mais profundo e humano cada um de nós guarda em si. Diretamente ligada à cosmovisão dos mitos populares da cultura bantu, tudo se alinha à ética africana e ecoa espontaneamente dos tambores de crioula, da tradição dos jongueiros e dos laços identitários do bloco Ilê Ayê. Encontra com o samba e com o conceito de união, herança que se aprende quando criança. A alegria é coroada pela relação dos seus ideais: desfila os ensinamentos das escolas mirins e preserva a cultura dos nossos carnavais.

É a saga dos encontros, que (re)conecta pessoas e entidades a um grande abraço social, no qual a Escola de Vida sugere uma reflexão contra todo tipo de preconceito e discriminação. A São Clemente é o Carnaval da Inclusão ser-sendo resistência, porque
Somos Todos Nós UBUNTU.

Enredo:
Carnavalesco: Tiago Martins
Pesquisa e texto: Marcos Roza

GLOSSÁRIO:

Afreekana – é o primeiro sistema de organização social no mundo e o responsável por manter viva a população afrodescendente.

Ialorixá – nos terreiros de candomblés, é a mãe de santo, matriarca responsável pelo culto aos orixás.

Yanomamis – refere-se à Associação das Mulheres Yanomami Kumirãyõma (AMYK) criada em 2015 pelas mulheres Yanomami da região de Maturacá para valorizar os saberes das mulheres e estimular os jovens sobre o conhecimento tradicional, especialmente sobre o artesanato.

Xenofilia – sentimento de simpatia pelo estrangeiro, congraçamento com outras culturas.

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REFERÊNCIAS

GLOBAL Humanitarian Assistance. Defining humanitarian assistance. 2017.

DOSSIÊ IPHAN. Jongo no Sudeste. Brasília, DF: Iphan, 2007.

NOGUERA, Renato. Ubuntu como modo de existir: Elementos gerais para uma ética afroperspectivista. Revista da ABPN.V.3 p. 147-150. 2011.

PONTES, Katiúscia Ribeiro. Kemet, escolas e arcádeas: a importância da filosofia africana no combate ao racismo epistêmico e a lei 10639/03; 2017.

RAMOSE, Mogobe B. A ética do ubuntu. 2002.

_, Mogobe. Globalização e ubuntu. In: SANTOS, Boaventura; MENESES, Maria Paula (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo, 2010.p.175-220.

Grande Rio 2021 | Sinopse do Enredo: Fala, Majeté! – Sete chaves de Exu

 

Logo do Enredo Grande Rio 2021


RESUMO

Quem sou eu… Quem sou eu?

1

– Câmbio, Exu! Fala, Majeté!

Exu, princípio de tudo: gira, faísca, espiral, movimento, corpo-redemoinho, Okotô!, desterro, fervura, espanto, espuma, axé da Terceira Cabaça, Igbá Ketá. Que abre, então, os caminhos: L’Onan, Legba, Eleguá, Bará, Elegbara, Mavambo – pé na porta, pedrada, com sete chaves nas mãos, o nó das encruzilhadas, tranca, carranca, Calunga Grande, porteiras, ponteiras, diásporas, às travessias na barca, correntes os olhos e as águas. Salve Aluvaiá, Salve Bombogira! “O que se há de?”– mar de dendê! O que será?

2

Exu que se fez caboclo, poeira, na cruza, em brasa, chão de terreiro, fora da casa – o mundo inteiro nos pés de andarilhos peregrinantes. Os chifres, os dentes, os búzios, as garras: batalhas! Ali, tanto sacrifício: argila vermelha na praia. Rasgos, penhascos, altares, o orí, a voz de Palmares: os gritos, os mitos, os guizos, a cabeça de Zumbi, “mortal eterno”, “ente coletivo” ao soldo mais verde encanto (porque Zumbi-Exu está em tudo quanto é canto). Agbá! – espraiou-se o culto, firmeza e toque. Sigamos!

3

Exu de proezas tantas, pelejas, orikis, Ifá, adivinhação, histórias fragmentadas nas entrelinhas de odús – o destino do rei de Oió e o trono do Engenho Velho. Odusô, o guardião. Erro que vira acerto, certo que brota errado, do outro lado, enigma, tempero, vuco-vuco, o remédio e o veneno. Tendas, feiras, farofas, recados, as lendas da criação debulhadas nos mercados, o corpo que voa fechado e a visão de cada um: ninguém pode viver sem mim. Preceitos, pressentimentos, trotes, fabulações. Trocas, trocadilhos, línguas desgovernadas. Ciscos, lâminas, lágrimas – Olobé, Elebó, cachimbos, caixotes, cachaça. Truques de linguagem: traquinagens. Osijê, Obá Babá! Oferendas d’Eleru. Pimentas!

4

“Salve o Sol, salve a estrela, salve a Lua!” Saravá, Seu Tranca Rua! Exu que são muitos em um: corpo em si desdobrável. Fala, falo e falácia: falanges. Alafia! Centenas de sobrenomes que vem de muitos lugares – Rio que leva as gentes, ruas que tudo dragam. Exu, malandro Pelintra, Padilha, fio de Navalha, ponta de agulha, os cacos da noite, as sombras da Lapa, Marias, ciganos, cigarras, jogo e cartas na mesa, rendas, vidrilhos, rasteiras, meio-fio das quebradas, rabos de galo e de saia, também os rabos de arraia, o cheiro bom da cerveja, destreza, sem falar nas gargalhadas. O primeiro gole é dele! Exu, Veludo encarnado, luz de abajur, sonhos bordados – sentimentalmente, visivelmente.

“Exu Caveira, Capa Preta, Sete Catacumbas estavam por ali; Fui convidado pra uma festa nobre; na casa de Exu Tiriri…”

5

Exu, potência e gingado, ponto riscado na carne, palco das festas da gente. Brinca o Carnaval em transe, desafia, des(con)fia, desconcerta, bate a bola no asfalto, pisa no sapatinho, samba despudorado, dança inflado de vida, palhaço, e trança a crina do cavalo. Deus de chinelo rasgado, boca beijada, copo na mão, Seu Sete da Lira, bloco lotado, a máscara, Odara!, o baque, o buraco, o cru, o afoxé, o maracatu, o surdo de terceira, a fuzarca dos velhos cordões, o som que vem das favelas, capaz de transver o mundo. Exu, pedra que pulsa, valsa convulsa, mangue que benze, curva, couro, esquina, jorro, ouro e lata no Bal Masqué: não é um robô sanguíneo, não! É santo – mas nem tanto.

6

Exu de tinta e de sangue: é dose, tudo come, tudo sabe, tudo viu. De curto pavio! Lamento de poetinhas – porque tudo é perigoso, divino-maravilhoso. Desnuda as frases no muro, sagrado e profano, mundano, pós-contemporâneo, língua ferina, flauta e cajado, casa de bamba, Basquiat no batuque, as letras amadas, a macumba dos modernistas, o piá-Macunaíma, os perfumes rosianos, na saga do Ser-Tão, “Exu nas escolas”, voz estelar, quebrando tabus e “costumes frágeis” – vocês não aprendem na escola. Vocês copiam! Criemos! Novas pedagogias, para os tempos que virão. Verão! Antropofagias, Enugbarijó. “Através das travessuras de Exu / Apesar da travessia ruim…”

7

Exu que não é o diabo do teatro colonial, projeto de corpos mortos (culpas, medos, grilhões, carcaças, escravos disfarçados de libertos) – mas força que une os opostos, jongo de ser e não ser. Exu, to be e Tupi! Fome, cada vez mais fome! Insone. Os nervos são fios elétricos. Evoca os profetas do caos, as vozes do lixo, a desconstrução, o avesso do manto, um sem quanto, a costura dos trapos, as aparições, remendos-retalhos, o eterno retorno, a fortuna, os farrapos, o espanto e a possível, por que não?, recriação: Olímpia, Stela, Jardelina, Arthur Bispo do Rosário, Estamira no lixão de Gramacho, às margens da alegria, cantarolando aos vapores, saudando os cometas e o fogo, ao som milenar das estrelas, Yangi, pedras de laterita, bailando, da pá virada, Molambo, Mulamba, ruínas:

“Todo lugar tem uma rainha, lá no lixo também tem…”

Exu, a sacerdotisa:

-Câmbio, Exu! Fala, Majeté, fala! Os além dos além é um transbordo. Tem o eterno, tem o infinito, tem o além dos além. O além dos além vocês ainda não viram. Se eu sou à beira do mundo! Entendeu agora? Quer me desafiar? Você quer saber? Cada pessoa é um astro! Câmbio, Exu! Fala, Majeté, fala!

Falemos! Dancemos! Bebamos! Vivamos! Destranquemos os olhos! Sigamos por outros caminhos! Cantemos até o fim – que não deixa de ser um começo. Ouçamos os atabaques – atentos, plenos, fortes!

Exu, a ancestralidade. Exu, desenredo proposto. Exu, a aposta mais alta. Exu, o padê arriado. Exu, passada ligeira: Exu, Laroiê, Mojubá!

– Câmbio, Exu!

Fala, Grande Rio!

Enredo: Transbordado com expressões e falas retiradas do documentário “Estamira”, de Marcos Prado, além de fragmentos de poemas, canções e pontos de macumba. Inspirado nas provocações de Conceição Evaristo, Helena Theodoro, Alberto Mussa, Luiz Antonio Simas (“Exu é uma escola de samba!”) e Luiz Rufino; e nas narrativas orais de Luiza Maria e Dib Haddad. Dedicado aos inúmeros torcedores apaixonados que nos ajudaram a tecer este manifesto, fonte de afeto, convite para o diálogo. Axé! Carnavalescos – Gabriel Haddad e Leonardo Bora Pesquisa, costura e texto – Gabriel Haddad, Leonardo Bora e Vinícius Natal. Colaboração de Thiago Hoshino e Luise Campos.

GLOSSÁRIO: Igbá Ketá, L’Onan, Bará, Elegbara, Okotô, Agbá, Odusô, Olobé, Elebó, Osijê, Obá Babá, Eleru, Alafia, Odara, Enugbarijó, Yangi: segundo Luiz Antonio Simas, são os títulos que representam os maiores atributos de Exu, diluídos no sumo do enredo, guardados a sete chaves.

REFERÊNCIAS

Livros, artigos e sítios da Internet:

AMADO, Jorge. Dona Flor e seus dois maridos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

ANDERSON, Robert. O Mito de Zumbi. Implicações culturais para o Brasil e para a diáspora africana. Revista Afro-Ásia, n. 17, 1996 – Salvador. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/20859

ANDRADE, Mário de. Macunaíma.O herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Garnier, 2004. CARYBÉ, Hector; VERGER, Pierre Fatumbi. Lendas africanas dos Orixás. Salvador: Fundação Pierre Verger, 2019.

CUNHA, Maria Clementina Pereira (org.). Carnavais e outras f(r)estas. Campinas: Editora Unicamp, 2005.

FERNANDES, Alexandre de Oliveira. Exu: sagrado e profano. ODEERE, v. 2, n. 3, jul. 2017. Disponível em: http://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/1573

FUX, Jacques; SANTOS, Darlan. Estamira e Lixo Extraordinário. A arte na terra desolada. Revista Ipotesi – Universidade Federal de Juiz de Fora, 2011. Disponível em: http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2011/05/14-Estamira-e-Lixo-Extraordin%C3%A1rioIpotesi-1521.pdf

LOPES, Nei. Mandingas da Mulata Velha na Cidade Nova. Rio de Janeiro: Língua Geral, 2009. MENDONÇA, Luciara Leite de; RAMALHO, Christina Bielinski. “Zumbi-Exu”e outras questões identitárias em “A Cabeça de Zumbi”. ODEERE, v. 2, n. 3, jul. 2017. Disponível em:

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RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.

RUFINO, Luiz; SIMAS, Luiz Antonio. Flecha no Tempo. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.

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SANTOS, Deoscóredes Maximiliano dos (Mestre Didi). Contos negros da Bahia. Rio de Janeiro: GRD, 1961.

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SILVA, Vagner Gonçalves da. Exu. O Guardião da Casa do Futuro. Rio de Janeiro: Pallas, 2015.

SIMAS, Luiz Antonio. O Corpo Encantado das Ruas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020.

SIMAS, Luiz Antonio. Pedrinhas Miudinhas. Ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.

SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.

SODRÉ, Muniz. Santugri. Histórias de mandinga e capoeiragem. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.

VENTURA, Leonardo de Souza Lima. Estamira em três miradas. Dissertação de Mestrado em Psicologia – Universidade de Brasília (UNB). Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/3955/1/2008_LeonardoSouzaLimaVentura.pdf

VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo. Salvador: Corrupio, 2013.

YEMONJÁ, Mãe Beata de. Caroço de dendê. A sabedoria dos terreiros. Rio de Janeiro: Pallas, 2002.

YEMONJÁ, Mãe Beata de. Histórias que minha avó contava. São Paulo: Terceira Margem, 2004. https://jornalggn.com.br/musica/seu-sete-no-bloco-de-carnaval/ http://reconstruindoexu.blogspot.com/

Beija-Flor 2021 | Sinopse do Enredo: Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor

 


Vídeo do enredo: https://www.youtube.com/watch?v=tDpaaPsWMos .

RESUMO

Razão de cantar feliz é poder nos reconhecer através das histórias que revelam a nossa essência. REPRESENTATIVIDADE é fazer parte de uma bandeira de arte e de luta que é exemplo para o nosso povo. É como gostamos de nos ver refletidos. Quem vê a fragilidade do voo de um beija-flor nem sequer imagina quantas vezes o coração bate e qual o tamanho do esforço para chegar à flor. É assim que se dá a ligação entre a bandeira nilopolitana e o nosso povo. É pela alegria e pelo prazer de brilhar na Avenida que superamos as dificuldades vividas durante o ano para no Carnaval sermos a referência de um Brasil mais africano.

A marca de vencer tantos carnavais já nos fez vestir muitas glórias. Porém, muito mais que isso, acreditamos que nossa sina é a afronta, o debate e a provocação artística. É cumprir todo ano a romaria, da Baixada à Avenida para fazer o povo protagonista e proporcionar o destaque que o Brasil sempre nos negou. Olha em volta, é hora de mais um acerto com a história, nosso povo de novo acordou e só está aguardando razão de cantar feliz o ressoar do som do teu tambor.

Este enredo é de autoria coletiva. Foi escrito pelas mãos, vozes e memórias de cada componente da nossa comunidade.

A imagem do Pensador, a bela estatueta do povo tchowkwe, que habita a região Nordeste de Angola, inspira-nos a levar para a Avenida um enredo sobre a contribuição intelectual negra para construção de um Brasil mais africano. Nossa civilização conhece e respeita os pensamentos esculpidos em mármore greco-romano. Mas por que não talhar os saberes em ébano? Empretecer o pensamento do mundo é dar a toda a humanidade a oportunidade de uma visão diferente e original, com novos caminhos para o futuro, estabelecendo outras rotas possíveis.

Ao longo do tempo, foram grafadas em pedras duras imagens estereotipadas da África como um ajuntamento de sociedades tribais destituídas de pensamentos e tecnologias. Isto nos impede de ver o legado e a diversidade dos povos e refletir sobre a possibilidade de empretecer o conhecimento humano.

Muitas vezes enquadrada no campo do primitivo e do exótico, nossa forma sofisticada de ver o mundo é desvalorizada por estruturas coloniais racistas que desprezam a riqueza intelectual que produzimos.

Por isso, mais do que nunca, é hora de inspirar mentes, trabalhar pelo “reencantamento” de tudo, e talhar em madeira forte nossos saberes, feito sementes espalhadas por soberanos pássaros de ébano.

“No caminho da luz, todo mundo é preto”
(Emicida)

A diáspora do pensamento negro é um jogo de espelhos que faz refletir por muitas e muitas terras, povos e gerações o valor da nossa gente. Um negrume multicor que construiu monumentos em eras gloriosas, e que também passou a sofrer constantes tentativas de apagamento e silenciamento. Mas o legado dos nossos ancestrais persiste nas cores e nas formas que se afirmam pujantes, assim como a saga do nosso povo. Em muitos tons de negro, erguemos totens, esculpimos imagens de adoração de muitas fés, trançamos palha e fibra, entrelaçamos referências, bordamos a geometria das coisas e dobramos o tempo. Como num colar multicor, colocamos nos fios das artes visuais as mais raras pérolas e as contas mais sagradas dos nossos antepassados.

A costura de um tecido de pensamentos sofisticados se dá a partir dos ensinamentos dos antigos para constituirmos a “afrosofia” de hoje. Em memórias transmitidas de geração a geração, somos sujeitos de poder, guiados pelos ancestrais. Produzimos jeitos diversos de pensar o sentido de um mundo plural, mesmo que máscaras brancas sejam colocadas sobre a pele negra. Falamos e escrevemos em bom “pretuguês”, para o mundo inteiro ouvir, o valor das nossas reflexões que se desdobram em ações afirmativas. A voz da intelectualidade altiva e forte se ergue contra as desigualdades, propondo novos caminhos para transformar a realidade em que vivemos. É o levante quilombista em nome de uma sociedade mais justa!

A escrita de nós sobre nós faz emergir uma literatura que não se limita à entronização de heróis coloniais. Nossos personagens são escritos nas frestas, somos filhas e filhos do cotidiano e do épico, da dor e do prazer, dos movimentos sociais e das reflexões coletivas. As fraturas do processo escravocrata se manifestam na inquietação das palavras de azeviche. Imagens “poétnicas” de potência avassaladora, original e amplificadora de sentimentos e revoltas. São faíscas literárias que encandeiam ideias retintas e permitem reescrever mais e mais Brasis.

Sob as luzes – e às vezes sob as sombras – da ribalta, encenamos a liberdade como texto primordial. Nos palcos do Teatro Experimental do Negro, invocamos a energia vital dos antepassados, espelhando a fúria e a brandura das divindades. Alegria e manifestação! Articulações engajadas fazem com que se multipliquem nomes e mais nomes entre a “grande constelação das estrelas negras”. São a essência do vigor dos nossos passos, da expressão maior dos nossos sonhos e dos nossos corpos instruídos de energia e técnica. Somos constante movimento, pois somos filhos de deuses que dançam!

Agora cessem tudo o que antiga musa canta, porque uma flor nasceu no asfalto… E será cortejada por um pássaro de ébano, mestre-sala dos ventos a lufar sementes do samba, criação preta em essência. Filosofia em tambor sincopado que se transformou no maior espetáculo do ayê. Que possamos celebrar a arte que se afirma em cada Carnaval quando uma voz canta e um corpo responde “ao ressoar do som de um tambor”.

Maravilhosa e soberana é a nação que anualmente ritualiza e espalha seus saberes ancestrais. Em Apoteose, vamos elevar nosso cantar feliz a Cabana, o pensador de ébano que, com suas composições e enredos, ajudou a esculpir o Beija-flor no terreiro sagrado do Carnaval.

A ele e todos os ancestrais do samba, dedicamos nosso desfile, exaltando a memória e o trabalho intelectual do povo preto, e evocando o símbolo adinkra do pássaro que, com os pés fincados no chão, olha para trás para poder agir no presente e seguir rumo ao futuro.


EPÍLOGO
A Beija-Flor de Nilópolis, como referência cultural formada essencialmente pelo povo negro da Baixada Fluminense, ao voltar a propor um enredo tendo foco central a intelectualidade negra, reafirma as pautas sociais cujas demandas passam pela defesa do sistema de cotas raciais e pelo cumprimento da Lei 10.639 (atualizada pela Lei 11.645), que trata da obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena nas escolas. Repudia ainda qualquer discriminação religiosa contra o nosso povo, reafirmando a laicidade do Estado brasileiro. E, por fim, torna-se mais uma voz a se levantar contra a violência no país, que tem atingido especialmente corpos negros, vítimas do racismo estrutural que vigora no país. Basta! Seus filhos já não aguentam mais! 


Referências:
BATISDE, Roger. A Propósito do Teatro Experimental do Negro in: Teatro Experimental do Negro: Testemunhos. pp. 98-104. Rio de Janeiro: Edições GRD, 1966.
CARDOSO, Loureço; Muller, Tania M. P. Branquitude: Estudos sobre a Identidade Branca no Brasil. Curitiba: Aprris, 2017.
CONDURU, Roberto. Pérolas Negras – Primeiros Fios: Experiências Artísticas e Culturais nos Fluxos entre África e Brasil. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013.
DEPARTAMENTO CULTURAL DO G.R.E.S. BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS. Exposição 70 Anos Beija-Flor: de Sambas, de Enredos, de Memórias e Comunidade. Rio de Janeiro: 2019.
DINIZ, Alan; FABATO, Fábio; MEDEIROS, Alexandre. As Três Irmãs: Como um Trio de Penetras “Arrombou a Festa”. NovaTerra. Rio de Janeiro, 2012.
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